quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fofocas, Mentiras, Palavras Ofensivas

"Comunicar-se é algo fundamental para qualquer jovem. Agora, você deve entender que outras pessoas são, de uma forma ou outra, alvos da sua comunicação. Portanto, cuidado ao falar sobre os outros, pois você pode estar criando situações que serão difíceis de serem superadas.
Nunca substime o poder das palavras e entenda que se Deus dirigir sua vida, elas serão sempre cheias de amor."

“Sabe da última?”

A Bete tá de rolo com aquele cara novo, o Rob. Andaram falando que é um mau elemento e já foi até preso, parece que ele mexe com drogas.”:

“Não! Ele parecia tão da hora.

É, mas as aparências enganam. Bom, na verdade, a vida da Bete sempre foi meio bagunçada, você sabe, os pais separados e tudo mais. Eu ouvi dizer que o pai dela...”

E vai por aí afora, muitas pessoas inocentes caem na rede da fofoca e sua reputação acaba se arruinando por histórias que não têm base na verdade. Parece até uma diversão inocente, um jeito de matar o tempo, mas as conseqüências podem ser de longo alcance, afetando muitas vidas durante anos e anos.

Palavras – como são poderosas! As palavras constroem. As palavras destroem. Mesmo assim, nós as usamos sem o mínimo cuidado. “Mentirinhas brancas”, é o que costumamos contar, mas as “mentirinhas brancas” podem ter negras conseqüências. O escritor Mark Twain disse certa vez: “A diferença marcante entre um gato e uma mentira, é que o gato tem sete vidas.”

Quando um comediante diz um palavrão na TV, geralmente rimos, mas nos surpreendemos quando as mesmas palavras escorregam dos nossos lábios quando prendemos o dedo na maçaneta da porta. “De onde veio isso?”, nós brincamos meio sem jeito. A Bíblia nos diz que “a boca fala do está cheio o coração”(Mat. 12:34). Controlar a linguagem, domar a língua é um dos mais importantes desafios que o cristão enfrenta. As palavras são ferramentas, e dependendo de como as usamos poderemos ter resultados bons ou maus.

Vivemos em um mundo que ama as palavras e é bombardeado com informações. TV, rádio, jornais, livros e Internet nos atingem com mais informação diária do que podemos processar. Basta apertar um botão e podemos mandar uma mensagem por e-mail a qualquer lugar do mundo. Isso seria uma coisa maravilhosa se esse recurso estivesse disponível quando meus pais serviram como missionários na Ásia Central, alguns anos atrás. Mas hoje, através do incrível sistema que a Internet provê, podemos nos comunicar com qualquer pessoa em questão de minutos, pelo preço de um telefonema local. Quando os nossos queridos estão distantes, nada é tão importante quanto a comunicação. Pergunte a qualquer casal separado por quilômetros de distância como as cartas e os telefonemas são importantes para manter firme o relacionamento.

Mesmo com a abundância de palavras e informações ao nosso redor, será que conseguimos nos comunicar verdadeiramente? Sydney J. Harris disse: “As duas palavras, informação e comunicação, são usadas indistintamente, mas significam duas coisas bem diferentes. A informação relata e a comunicação partilha”(Reader’s Digest, abril 1995, pág. 34). Todas as palavras do mundo não terão significado se não houver compreensão. Sem uma boa comunicação, nada teremos a não ser, como Shakespeare disse: “Palavras, palavras, meras palavras, nada significam ao coração.”

Paulo, em uma de suas cartas, dá um conselho importante: “Tenham um conversa agradável e sensata, pois assim vocês terão a resposta certa para todo mundo”(Col. 4:6 BV). A boa comunicação é essencial ao nosso relacionamento. É por isso que mentiras, fofocas e palavras ofensivas são tão prejudiciais, pois elas bloqueiam a boa comunicação e levantam barreiras nos relacionamentos.

Então, quais são os segredos da boa comunicação? Como podemos melhorar o contato com as pessoas que encontramos a cada dia, na escola, no trabalho ou em casa? Como podemos vencer o hábito de mentir, fofocar ou dizer palavras que ofendem? Não é muito fácil. Afinal, em Tiago 3:8 lemos: “nenhum ser humano pode domar a língua”. Mas existe uma solução, e é por esta razão que a Palavra se fez carne. É somente pela fé no poder vencedor que Jesus provê, através do Seu Espírito, que podemos “domar nossa língua”. A Bíblia promete: “Porque eu posso fazer todas as coisas que Deus me pede com a ajuda de Cristo, que me dá a força e o poder.” Jesus pode nos dar a vitória sobre o hábito de mentir, fofocar e xingar; além disso, ajuda-nos a desenvolver as habilidades de uma boa comunicação. Mas devemos pedir, porque Ele promete: “Peçam e vocês receberão aquilo que pedirem. Procurem e vocês acharão, batam e a porta se abrirá” (Mat. 7:7, BV).

O próximo passo para se tornar um bom comunicador nada tem a ver com saber conversar. Na verdade, os melhores comunicadores conversam muito pouco; ao invés de falar, ouvem. Mas eles não só ouvem o que está sendo dito...eles escutam, são “ouvintes ativos”.

Ouvir ativamente envolve dois outros elementos principais. O primeiro é o contato visual. Um bom ouvinte olha diretamente nos olhos da pessoa que fala e, quando possível, mantém o contato visual. Nossa tendência natural é olhar para qualquer outro lugar, acima dos ombros de quem fala ou ficar observando seus lábios se moverem; porém, em muitos casos, os olhos podem dizer mais que as palavras. Manter o contato visual ajuda não só a prestar atenção ao que está sendo dito, como também lhe dá algumas pistas não-verbais sobre o que a pessoa está tentando lhe dizer.

Os olhos do seu interlocutor não se fixam em ponto nenhum da sala? Talvez esteja nervoso. Ele recusa o contato visual com você? Talvez não esteja sendo totalmente sincero, ou quem sabe seja uma pessoa muito tímida. Não se apresse em tirar conclusões antes de ter certeza dos fatos. Observar os olhos da pessoa permite perceber tristeza, alegria, raiva, medo ou cansaço. Tudo isso ajuda a contextualizar a conversa de modo que você compreenda melhor o que está sendo dito. Outro benefício do contato visual é a demonstração de que você está interessado, o que torna mais fácil para ele ou ela abrir-se com você.

A segunda chave para a boa comunicação é a concentração. Não permita que sua mente vagueie enquanto alguém está conversando com você. Não é possível assistir TV e ao mesmo tempo bater papo com alguém. A TV vai ganhar sempre e a maior parte do que está sendo dito pelo seu interlocutor se  perderá. Não se preocupe também com o que vai dizer a seguir. Se fizer isso, vai acabar fazendo o outro se desligar da conversa. Ao invés disso, concentre-se no que  o seu interlocutor está dizendo e como diz. Observe como ele ou ela usa as mãos e gesticula para se expressar. Procure notar o seu tom de voz e a velocidade com que fala. A Regra de Ouro: “Trate os outros como quer que os outros tratem você” (Luc. 6:31) aplica-se tanto às habilidades de comunicação como às outras áreas da vida. Ouça as pessoas como gostaria que elas o ouvissem. Não se preocupe, pode ser que, às vezes, não haja oportunidade de dizer nada porque a outra pessoa fala demais. Quando acontecer, é preciso lembrar algumas coisas. Primeiro, saiba quando falar. “Há um tempo para cada coisa...tempo para rasgar e tempo para costurar, tempo para ficar quieto, tempo para falar”(Ecl. 3:1,7, BV). Lembre-se do velho ditado: “É melhor ficar quieto e ser considerado um tolo do que abrir a boca e provar que é mesmo”.

Em segundo lugar, lembre-se de que a Regra de Ouro aplica-se tanto ao falar quanto ao ouvir. Dirija-se à outra pessoa com respeito e cortesia, não importa  quem seja. Fale com clareza e em tom audível para ser bem compreendido. Não há nada mais frustrante para o ouvinte do que ficar repetindo: “O que você disse?”

Finalmente, seja verdadeiro e preciso. Pense com cuidado no que vai dizer antes de abrir a boca. Evite exageros ou meias verdades, o que nada mais é do que a velha mentira; e não diga frases como “Vou lhe contar a verdade”. Quando ouço tal expressão é como se eu ouvisse: “Por favor, minta para mim!” Jesus disse: “Seja, porém, a tua palavra: sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mat. 5:37).

Durante a Segunda Guerra Mundial, um jovem oficial estava aprendendo a operar o radar em Pearl Harbor. No dia 7 de novembro de 1942, enquanto praticava, percebeu uma série de sinais na tela, indicando que um grande número de aviões se aproximava rapidamente do Havaí. Com muito entusiasmo, ele relatou o fato aos oficiais super-visores que come-çaram a rir de sua afobação e inexpe-riência. Desdenhando do rapaz, ignoraram o sinal de advertência e ordenaram que ele voltasse ao seu posto. Ao retornar, o oficial observava com crescente preocupação os sinais cada vez maiores na tela, indicando a aproximação do inimigo. Em seguida, houve um colapso no sistema de comunicação e por causa disso, milhares de marinheiros foram sepultados no mar, naquele dia em que os aviões japoneses invadiram o céu azul tropical de Pearl Harbor.

“A morte e a vida estão no poder da língua, o que bem a utiliza come do seu fruto”(Prov. 18:21). Decida hoje desenvolver suas habilidades comunicativas para evitar conversas nocivas como mentiras, mexericos e palavras ofensivas. E, acima de tudo, “tranqüilamente se entregue aos cuidados de Cristo, seu Senhor. E, se alguém perguntar por que você crê assim, esteja preparado para contar-lhe e faça isso de uma maneira amável e respeitosa” (I Pedro 3:15). A língua é uma espada de dois gumes. Use-a com sabedoria.

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