Entre as inúmeras espécies de abelhas, existe uma que usa barro, areia e pedrinhas umedecidas com saliva, para fazer seu ninho. Fica como uma casa feita de concreto. A abelha modela esse material com as patas dianteiras e as mandíbulas. O exterior da colméia parece rústico, mas por dentro é lisinho e bem acabado.
Depositando em cada célula uma pasta de mel e pólen, a abelha põe um ovo e tapa o orifício com “argamassa”. Embora cada célula lhe exija dois dias de trabalho, ela continua até ter feito de seis a oito delas num aglomerado. Finalmente cobre toda a estrutura com bolinhas de material, que depois de seco se torna duro como pedra.
A pergunta agora é: como as abelhinhas recém nascidas conseguem penetrar esta forte barreira? O Criador as equipou com mandíbulas capazes de furar o barro endurecido.
O estudioso naturalista Fabre, fez uma experiência, cobrindo o aglomerado de células com papel pardo. As abelhas facilmente furavam tanto o barro como o papel, se não houvesse espaço entre um e outro.
Em outro ninho, ao colocar o papel, Fabre deixou um espaço entre este e o barro. Embora as abelhas furassem com facilidade o barro, pareciam incapazes de atravessar o papel. Suas poderosas mandíbulas podiam facilmente ter furado o frágil papel, porém elas ficavam perdidas, andando por ali; e por fim morriam em sua prisão de papel, tendo tão perto a liberdade.
O instinto não concedeu às abelhas o conhecimento de como romper uma segunda barreira. Elas não têm inteligência suficiente para adaptar-se a uma circunstância ou situação adversa.
Você, porém, é diferente. Quando o Espírito Santo lhe revela um novo fato ou responsabilidade acerca dos propósitos de Deus, você pode fazer sua escolha. Pode usar as faculdades mentais da vontade, raciocínio, imaginação, que o Criador lhe deu, e analisar esta nova verdade até que compreenda o ideal divino para sua vida.
Por outro lado, pode também fechar cegamente o espírito, pensando que a proposta de Deus não está de acordo com suas idéias. Fechando a mente, você está se metendo numa prisão onde jamais poderá penetrar uma nova revelação.
Tal como a abelha, embora esteja equipado para libertar-se, você se tornou cativo, exatamente porque recusou dar ouvidos a uma nova verdade ou dever que lhe garante liberdade plena. Quando Deus lhe revelar uma verdade, aceite-a e será livre.
Pr. José Silvio Ferreira
Associação Paulistana - UCB
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